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Durante seu lançamento em 2023, Baldur’s Gate 3 chamou a atenção do público ao apresentar – para a surpresa de uma audiência ao vivo – um sistema de escolhas e diálogos tão flexível que permitia até mesmo ser um vampiro gay que tem relações íntimas com um urso. Não é preciso dizer que o sucesso desse anúncio gerou memes e furou a bolha gamer, fazendo com que Baldur’s Gate 3 ficasse conhecido não só pelo público de CRPG quanto por fujins que nunca encostaram no gênero.
Embora tenha sido o primeiro jogo mainstream a disponibilizar a opção de sexo com um druida em forma de urso, Baldur’s Gate 3 não foi o primeiro a chamar a atenção por conter cenas de romance e sexo gay. A tendência de “dating sims” inseridos em jogos de RPG e simulações não é de hoje, e nos últimos anos cada vez mais desenvolvedores procuram oferecer diversidade e representatividade LGBTQIA+ para o público, especialmente em jogos onde o protagonista é customizado pelo jogador. Afinal, se eu posso escolher a classe do meu personagem, decidir os mínimos detalhes de sua aparência, e mesmo sua espécie/raça, por que não posso ter agência sobre o gênero com o qual o meu personagem deveria se relacionar?
Como gamer que sou, resolvi trazer alguns dos meus jogos não-BL favoritos que, além de muito divertidos, também trazem opções de romances gay (M/M) para o protagonista e, com sorte, fazer um pequeno apanhado de como esses games foram se diversificando com o tempo e o feedback do público. (contém alguns spoilers sobre as possibilidades românticas dos jogos)
Dragon Age
Dragon Age é uma série de RPGs da Bioware que conta com 3 jogos lançados até o momento: “Dragon Age: Origins”, “Dragon Age II” e “Dragon Age: Inquisition” (e com um novo “Dragon Age: The Veilguard”, prometido ainda para 2024).
O universo de Dragon Age é uma fantasia “dark” extremamente cativante, com mitologia própria, personagens inesquecíveis, escolhas complexas e muito, muito sangue.
Dragon Age Origins
A Bioware já tinha apresentado jogos com personagens gays no passado, mas Dragon Age:Origins chegou em 2009 “explodindo cabeças”, trazendo opções de romance gay e hétero e algumas das primeiras cenas “quentes” (de roupa íntima, mas ainda assim uma revolução) já vistas em jogos desse gênero, ficando conhecido por ser o tal “jogo com sexo gay”. Mesmo que essas cenas de romance e sexo em volta da fogueira sejam 100% opcionais, vocês podem imaginar a polêmica que o jogo causou entre os mais conservadores na época em que era tudo novidade. Felizmente não existe publicidade negativa e o jogo foi muito bem, obrigado.
A história de Dragon Age se passa em Thedas, um universo fictício, castigado pela Podridão (Blight), um evento sombrio onde as criaturas do subterrâneo, as crias das trevas (darkspawn), invadem a superfície e trazem destruição a tudo o que tocam. O jogador pode criar o seu próprio personagem, homem ou mulher, humano, elfo ou anão, e suas escolhas impactam no enredo, embora invariavelmente o seu personagem vai acabar se juntando aos Guardiões Cinzentos (Grey Warden) – a ordem de guerreiros que combate as crias das trevas – e será chamado de “o Guardião” (The Warden) ao longo da história.
Sua escolha inicial também influencia nas suas opções de envolvimento romântico com seus companheiros de grupo. Os companheiros com quem o jogador pode se envolver são: a bruxa Morrigan (romance hétero para Warden homem), o guerreiro Alistair (romance hétero para Warden mulher), a ex-membro da chantria e barda Leliana (romance bissexual) e o elfo Zevran (romance bissexual).
Zevran Arainai, a única opção romântica m/m do origins é um elfo mercenário assassino, bastante sedutor e hedonista, além de completamente hilário. Você não vai querer ficar sem ele para abrir suas portas, baús e também para ver os diálogos mais impagáveis do jogo. Além de um romance monogâmico, é possível participar de um “menáge” com ele e a sua amiga pirata Isabella (personagem que retorna em Dragon Age II) e até mesmo levar consigo Leliana – caso ela esteja na rota “corrompida” – para a festinha. Apesar de se encaixar na descrição do clichê do bissexual promíscuo, não dá para negar, Zevran não é um personagem raso, e o romance com ele pode ser surpreendentemente doce.
O jeito “ousado” de Zevran irritou alguns jogadores homofóbicos que consideraram ofensivas as suas insinuações para o protagonista.
Como podem notar, Zevran está bem disposto a ser conquistado pelo Guardião, mas se quiser avançar sua relação com ele é preciso fazer alguns agrados através de diálogos, tomar decisões que ele aprove, e dar presentes (a principal mecânica para alimentar os afetos no jogo). Existe um “sistema de ciúmes” e não, você não pode ficar com Morrigan e Zevran ao mesmo tempo, ainda que eles digam inicialmente que está tudo bem (podem acreditar, eu tentei).
Os gráficos de DA: Origins, algumas passagens e diálogos (incluindo uma opção no prostíbulo que é considerada transfóbica) podem ser um tanto datados para os padrões de hoje, mas – sou suspeita para falar – o jogo ainda é uma experiência que vale a pena e que se amarra de modo bem satisfatório.
Dragon Age II
Nesse jogo, de 2011, você é um humano chamado Hawke, que fugiu da nação de Ferelden durante a Podridão narrada em Dragon Age: Origins, e chegou em uma cidade-estado vizinha, chamada Kirkwall, onde as tensões políticas entre a igreja e seus templários (Chantria) e os magos transformaram o lugar um verdadeiro barril de pólvora. Dragon Age II narra os eventos que tornaram Hawke o “Campeão de Kirkwall” e o jogador pode escolher apenas o gênero do personagem.
As opções de romance são as mesmas para o Hawke homem ou o Hawke mulher, isto é, todos os personagens são “bissexuais”. Esta opção por deixar o jogador se envolver romanticamente com o personagem que quiser (salvo Sebastian, do DLC, que é heterossexual) gerou controvérsia tanto entre os fãs que buscavam representatividade “realista”, quanto entre os mais conservadores, como não podia deixar de ser. Dito isso, as opções padrão de romance do jogo são a pirata Isabella, a elfa banida Merryl, o mago Anders e o elfo Fenris.
Anders é um mago humano que escapou diversas vezes do “Círculo de Magi”, dominado pela ordem religiosa da Chantria e seus templários, tornando-se um apóstata (uma pessoa que larga a religião e irrita todo mundo no processo). Suas ações são todas voltadas para antagonizar a Chantria até as últimas consequências, ao ponto de se deixar possuir por um espírito (Justice – seria esse um trisal?), e por isso é um personagem que divide opiniões. Além de, é claro, ser um sujeito bastante agressivo em seu estilo de flerte, independentemente de o jogador perseguir ou não um romance com ele.
Já Fenris é um elfo taciturno e fechado, que tem diversos traumas por ter sido escravizado e explorado de todas as formas por um mago em Tevinter. Por isso ele odeia magos e é um dos personagens mais difíceis de conquistar, tanto como amigo como quanto amante (jogar como mago ou como templário pode trazer conflitos e interações curiosas com ambos os personagens romanceáveis!). O seu arco de história é bastante pesado, mas felizmente ele tem um lado vulnerável para os que conquistarem seu coração.
Como jogo, DA:II é um pouco repetitivo na questão dos cenários, dungeons e inimigos, sendo um ambiente mais contido, e um tanto inferior ao DA:Origins nesse quesito – Eu confesso que já não aguentava mais ir na mesma caverna o tempo todo. De qualquer modo, novamente o texto do jogo chama a atenção e consegue compensar as suas limitações com universo vivo e de companheiros de batalha que são bem mais que bonequinhos com poderzinhos. E sim, suas escolhas fazem MUITA diferença na história final desse jogo.
Dragon Age: Inquisition
Dragon Age: Inquisition é o jogo mais recente (2014) e ambicioso da série.
Nesse jogo você joga com um personagem customizado que é o único sortudo (ou não) que sobreviveu ao atentado no Templo das Cinzas Sagradas, evento que matou a liderança da Chantria juntamente com muitos templários e magos. Com o vácuo no poder começa o caos da incerteza e por isso a “mão direita” da antiga líder da Chantria, a templária Cassandra, convoca uma Inquisição emergencial para reestabelecer a ordem. Assim o seu personagem tem que ajudar a segurar a batata quente se tornando Inquisidor ou Inquisidora.
Além de trazer um mundo bem grande com gráficos mais avançados, Inquisition expandiu bastante a gama de companheiros romanceáveis, ampliando também a diversidade sexual e os temas LGBTQIA+.
São 4 opções de romance estritamente hétero, sendo eles a guerreira humana Cassandra (romance para o Inquisidor), o Grey Warden humano Blackwall (romance para a Inquisidora), o templário humano Cullen (romance para a Inquisidora humana ou elfa) e o mago elfo Solas (romance para a inquisidora elfa). Há uma opção de romance lésbico, a ladina elfa Sera, além de uma opção de romance lésbico ou hétero com a conselheira Josephine, que é bissexual. As opções gays para o Inquisidor homem são o mago gay humano Dorian e o qnari pansexual Iron Bull.
Dorian Pavus é um personagem marcante e bastante emblemático na questão da representatividade. Na época em que ele foi revelado, houve muita comoção (e, obviamente, gente enchendo o saco), notícias em todos os portais especializados e também na mídia tradicional por finalmente termos um personagem gay jogável no núcleo principal de um game mainstream (eu pessoalmente não me lembro de nenhum outro antes dele!) O personagem também foi muito importante para o seu criador, o roteirista LGBTQIA+ David Gaider.
É nítido que os magos em Dragon Age representam os incompreendidos e indesejáveis pela sociedade desse mundo, que por serem tão temidos sofrem inúmeras tentativas de controle . Fazer um mago abertamente gay acrescenta mais uma camada a esse personagem tão icônico, já que sua sexualidade afeta em muito a sua história.
Apesar de ter nascido em berço de ouro, em uma família nobre, Dorian se tornou um pária por rejeitar os padrões da sua família e por sua sexualidade, juntando-se à Inquisição. Ele é um personagem extremamente inteligente, sarcástico, autoconfiante, temuma personalidade imensa, conhecê-lo é uma experiência e tanto.
Já para quem deseja um envolvimento mais descontraído e picante, temos Iron Bull, o mercenário qnari líder do Bull’s Charger. O romance com ele é baseado em companheirismo e… BDSM. Com o devido consentimento e regras, é claro! Difícil não ficar curioso para conhecer a verdadeira potência do touro de ferro.
O interessante é que caso você opte por não entrar em um romance com Dorian ou Iron Bull, é possível bancar o cupido e fazer um final feliz para os dois juntinhos!
Embora não seja um companheiro romanceável, também cabe destacar a presença de Krem, um guerreiro trans da equipe de Iron Bull. O personagem acaba fazendo um papel muito didático, onde é possível fazer perguntas a ele, incluindo questões de gênero e sexualidade. Os fãs têm algumas críticas válidas quanto a esse personagem, como o fato de que não foi dublado por um homem trans (ele é dublado por Jennifer Hale, a voz da Comandante Shepard em Mass Effect). Mas, considerando a época em que foi criado, acho que podemos considerar um passinho em direção a uma diversidade maior nos games.
Este é o jogo mais polido – e longo – da série e tenho certeza que os gráficos ainda são bem bonitos e a história segura bem até hoje.
Mass Effect 3
O terceiro jogo do aclamado RPG de ação da Bioware (2012) foi o primeiro a trazer a opção de romance entre personagens M/M, atendendo a pedidos dos fãs. Em Mass Effect, você joga como o comandante John Shepard (ou Jane Shepard), com a missão de unir forças com diversos povos alienígenas para salvar a galáxia dos Ceifadores (Reapers), seres artificiais que eliminam de tempos em tempos toda a vida orgânica avançada para manter a ordem na galáxia.
Tanto Shepard homem quanto mulher têm MUITAS opções de romance, sendo que existem 3 opções do mesmo sexo para a Shepard mulher e 2 para o homem.
Os companheiros homens com quem John Shepard pode se relacionar são Steve Cortez, um piloto da sua nave Normandy que está em luto pela perda recente de seu marido e Kaidan Alenko, um fuzileiro da Aliança – caso ele esteja vivo no seu jogo, é claro.
Enquanto Cortez é um personagem novo (e o romance com ele foi muito elogiado por sua naturalidade), Kaidan vem desde Mass Effect I, onde podia ser companheiro romântico apenas para a Shepard mulher. EM ME3, Shepard foi ressuscitado pelo grupo supremacista humano Cerberus e está cumprindo uma missão para eles, o que não cai nada bem para Kaidan, que o reencontra após 2 anos. Então, se quiser um romance com ele, antes terá que provar que Shepard ainda é digno da confiança.
Para a tristeza geral dos amantes de alienígenas, Garrus nunca vai estar disponível para “calibrar” o Shepard homem.
Em Mass Effect também não é possível ter relacionamentos poliamorosos, com a exceção de Diana Allers que pode ser um “caso” do personagem (homem ou mulher). Já James Vega e Javik estão disponíveis para “escapadinhas” apenas para Shepard mulher. Assim como a maioria dos jogos citados, os relacionamentos progridem com diálogos. É uma ótima série, com textos excelentes, personagens memoráveis e mecânicas divertidas que, infelizmente para muitos fãs – eu inclusa – tem um final bastante decepcionante e anticlimático, em especial após o excelente Mass Effect II. Vale pela jornada, já o destino é… questionável!
Hades
Este jogo indie da Supergiant Games, que explodiu de sucesso em 2020, se passa na Grécia mitológica, então é claro que uma opção gay não poderia faltar!
Hades trata-se de um rogue-like, isto é, naquele estilo em que você volta ao “começo” todas as vezes em que morre! Mas, diferentemente de muitos dos jogos com essa pegada, Hades tem uma história que progride com base em diálogos (todos dublados), que tornam a experiência de morrer de novo e de novo muito mais satisfatória, já sempre nos deparamos com algo diferente a cada tentativa.
Em Hades você é Zagreus, filho do personagem-título, o famoso deus do Submundo na mitologia grega, e seu objetivo é escapar dos domínios de seu pai a todo o custo. Para isso você vai contar com a ajuda de muitas célebres divindades do Olimpo (seus tios e primos), armas lendárias e velhos amigos que vai reencontrar no caminho.
Alguns desses amigos podem se tornar “mais íntimos” conforme você vai aprofundando o relacionamento com eles, e você desbloqueia esses diálogos na base dos presentes de néctar e ambrosia. São eles: Megara, a fúria (relacionamento hétero), Dusa, a cabeça de górgona que trabalha na sua casa (romance ace) e Thanatos, a morte encarnada que é o seu amigo de infância (relacionamento gay).
Cabe notar que nesse jogo você pode viver apenas um, nenhum, ou mesmo os três romances simultaneamente (poliamor) e não existe sistema de ciúmes.
Zagreus encontra Thanatos em uma run aleatória, onde ele aparece para ajudá-lo e propor uma disputa amigável sobre quem mata mais sombras. Quando Zagreus ganha a disputa, há a chance de falar novamente com Thanatos e presenteá-lo para avançar na sua relação. Thanatos é o deus da morte, mas ainda assim está preocupado com a sua segurança, o que é adorável.
Além de cuidar da sua própria vida amorosa, você ainda pode ajudar alguns casais a escaparem dos contratos tirânicos de seu pai, com destaque para os trágicos Aquiles e Pátroclo, heróis da Guerra de Troia separados após a morte.
Hades é imperdível para os que gostam de histórias da mitologia grega (está cheio de easter eggs e fanservice para os entendidos), os designs e a trilha sonora são fabulosos e o tema encaixa perfeitamente com a proposta do jogo. Prepare-se para muitas surpresas que não imaginava que um jogo de “repetição” pudesse trazer.
Baldur’s Gate 3
Sabe aqueles dias horríveis em que é super difícil levantar da cama, com uma baita dor de cabeça? Pois é, podia ser pior: sua cama podia estar dentro de uma nave alienígena num mundo medieval, e a dor de cabeça podia ser um parasita que vai te transformar num polvo cósmico. É assim que começa Baldur’s Gate 3, jogo da Larian Studios que continua mais de 20 anos depois a clássica saga da Bioware (é, olha ela aí de novo).
Em Baldur’s Gate 3, todos os possíveis companheiros são “pansexuais”. Eles vão se interessar pelo protagonista independentemente do gênero, raça, ou qualquer outra característica que não seja ofender os princípios morais básicos dos personagens. Dependendo de suas atitudes, praticamente todos os companheiros romanceáveis vão tentar se jogar no seu colo na primeira oportunidade – ou ao menos essa foi a minha experiência.
Dito isso, além das personagens femininas Umbralma (Shadowheart), Karlach, Lae’Zel (e outras 2 que seria spoiler mencionar), os personagens masculinos que podem ser cortejados são: Astarion, Gale, Wyll e Halsin, além do “guardião dos sonhos”.
Gale é um mago e um amante – sim, literalmente – da magia. Ou era… é um relacionamento abusivo e complicado. Ele carrega um um segredo que pode consumi-lo caso ele mesmo não consuma uma parte valiosa do seu suado equipamento mágico. A escolha de mantê-lo junto a você pode dar muito prejuízo, mas a companhia desse galanteador gateiro cheio de si não tem preço. Indicado para quem gosta de slow burn.
Quem não gosta de vampiros? E de elfos? Pois Astarion é um elfo vampiro! Ele é provavelmente o primeiro personagem em que pensamos quando se fala dos companheiros em Baldur’s Gate 3. Em um romance, ele pode se abrir para você, que pode virar algo mais além de um pescocinho bonito e suculento. Por trás de toda a confiança e o jeito arrogante e vaidoso, Astarion esconde um passado traumático que ainda o persegue. No entanto, com o poder dos devoradores de mentes (e do amor?), talvez ele possa resistir ao chamado de seu mestre abusivo e conquistar a liberdade ao seu lado…
Wyll é uma espécie de herói local: a “Lâmina das Fronteiras”, orgulho de Baldur’s Gate. Seguindo um modelo clássico de heroísmo e virtude, ele quer sempre fazer amigos e se sacrifica para proteger o próximo, tem um altíssimo senso de valor e moral, e ainda é um ótimo feiticeiro. Será que um partido desses ficaria solteiro por muito tempo? Bom, sim e não… talvez ele tenha uma “ex“ endemoniada tentando empacar a sua relação.
Já o druida Halsin é o nosso famoso e literal “urso” da cena viral descrita no início do texto. Amante da natureza e um tanto naturalista, Halsin é um típico gigante gentil… mas ele pode ser um pouco mais selvagem se você pedir. Halsin não sente ciúmes de seus outros possíveis companheiros e pode até mesmo propor um trisal. Cuidado, se piscar ele já se apaixona e fica todo grudento (ei, pelo menos o abraço é quentinho).
Sou obrigada a deixar esse vídeo aqui porque é a coisa mais engraçada que vi:
Além de seus companheiros, também é possível um romance com o Guardião do Sonho, vou evitar elaborar para não dar muitos spoilers (ele é um dos personagens que não desencadeia ciúmes), é possível contratar um garoto de programa drow (“elfo negro”) tanto para se divertir sozinho quanto acompanhado de seu amante (se ele topar, é claro), além de um súcubo um tanto… peculiar.
Baldur’s Gate 3 é um jogo muito divertido e impressionante com milhares de opções de diálogos, e com tudo dublado em inglês faz você se apaixonar ainda mais pelos companheiros. Visualmente fantástico, ele bebe bastante da estética de Dragon Age, sendo considerado por muitos como um sucessor espiritual, mas com muito mais sensação de liberdade. Mesmo com um pano de fundo um tanto linear, algumas pontas soltas no final, e muitos bugs (pelo menos no Xbox, onde joguei), ainda me diverti bastante com ele, passei horas e horas fazendo experiências e vendo as jogadas e diálogos de outras pessoas no youtube, então acredito que valha muito jogar e rejogar!
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Espero que tenham gostado desse breve apanhado sobre jogos! É claro que existem muitos outros exemplos e se vocês quiserem e pedirem pode ser que a gente escreva uma parte II!